Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Arcebispo Emérito de Uberaba - MG
Os jornais estão, nestes dias, relatando a publicação do livro “Jesus de Nazaré”, da autoria do teólogo José Ratzinger, que é o Papa atual, Bento XVI. Para não haver engano de impressão, deve-se dizer que, com este título, já tínhamos o primeiro volume – ou melhor – a primeira parte “do Batismo no Jordão à transfiguração”. Agora está sendo publicada a segunda parte: “Jesus de Nazaré – Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição”.
O jornal da cidade do Vaticano (12.III.11) diz que já são “sete edições iniciais, num total de sete milhões e duzentas mil cópias e contratos já assinados com 32 editoras de todo o mundo”.
O editor conta que recebeu o pen drive e o texto em papel: o Papa tinha concluído o texto a lápis, com sua inconfundível caligrafia miúda.
O cuidado que se tem agora é com as traduções em várias línguas, para não trair o pensamento do autor. A fidelidade ao texto original está sendo garantida com atenção e empenho pelos tradutores da secretaria de Estado, para não fugir da linguagem teológica. Vinte e duas editoras do mundo todo já assumiram contrato para imprimir o texto nas diversas línguas.
Esta segunda parte da obra teológica “Jesus de Nazaré” foi escrita já durante o pontificado do autor. Mas como é trabalho de teologia e não documento oficial do Pontificado, o autor usa seu nome civil em primeiro lugar e só depois seu nome pontifício. O que é admirável é ver que o autor, que é teólogo de alta reputação, encontra tempo para escrever uma valiosa obra exegética nos poucos intervalos de sua agenda carregada de múltiplos compromissos.